O Reino de Deus torna-se, assim, não só a maneira de viver de Jesus, mas a maneira de viver do Homem Novo. Nós somos o Corpo do Homem Novo, do qual Jesus é a Cabeça, o princípio. O Reino de Deus é uma nova maneira de meter-se na aventura de ser pessoa, uma nova maneira de ser gente, à medida do Homem Novo, Jesus, e com a força do Espírito Santo, que é o Sangue do Corpo do Homem Novo.
Chamar a Jesus “Homem Novo” significa reconhecer que na sua ressurreição Deus o constitui princípio de uma Nova Humanidade, uma Humanidade que se reconhece e constrói na Filiação Divina incondicional e na Fraternidade Humana universal. O Reino de Deus tem a ver com tudo isto… Acolher e Colaborar com o Reino de Deus é apenas outra maneira de dizer Acolher e Colaborar com a Família de Deus…
Se o Reino de Deus é a maneira de viver do Homem Novo, a condição de uma Nova Humanidade que se entende e constitui na Familiaridade Humano-Divina fraterna e filial, então temos que reconhecer que o Reino de Deus ainda não acontece no Corpo inteiro como aconteceu já na Cabeça…
Por isso é que pedimos sempre “Pai… Venha o teu Reino!” Porque o Corpo do Homem Novo está permanentemente a ser gerado, o Cristo Total [Cabeça e Corpo] está ainda em geração e em parto… “A própria Criação geme com as dores do parto até que se manifeste” a plenitude de tudo isto, “a manifestação total dos filhos de Deus”. A Criação está permanentemente a gerar para Deus uma Humanidade recriada pelo Espírito Santo… A Nova Humanidade é um Corpo Filial, do qual Jesus é a Cabeça…
A plenitude do Reino transcende a fronteira da morte e os limites da história humana. Reino e Família de Deus são “sinónimos”, e a plenitude desta realidade é a Assunção da Família Humana no seio da Família Divina com a libertação que isto implica, finalmente: o fim da morte no processo de Viver, o fim do pecado no processo de Amar. A Divinização do Ser Humano plenifica-o na sua capacidade de Viver e Amar.
Porque a plenitude do Reino – e a plenitude do que somos – se realiza para lá do que as nossas mãos já apalpam é que o Reino de Deus, sendo Próximo, tem permanentemente a dimensão da tensão, da expectativa, do não-cumprimento, da antecipação, da esperança… dizemos tudo isto em forma de súplica: “Venha o teu Reino!”
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