Acredito que o Reino de Deus é uma maneira de dizer o Dinamismo do Amor de Deus por nós a acontecer na nossa História.
Acredito que é uma maneira de dizer a acção de Deus-Família no seio da História Humana como emergência de familiaridade humano-divina, pertença ao projecto de Deus, Aliança!
Acredito que o Reino de Deus é a maneira de viver de Jesus, e por isso não acaba mais porque ele é o Vivente. Não é um morto ilustre e o Reino a sua mensagem antiga que ainda hoje faz eco, mas é o Vivente e o Reino a sua Vitalidade a acontecer permanentemente de maneira nova pela força do Espírito.
Acredito que o Dinamismo do Reino de Deus é como um “ambiente salvífico” em que a minha Vida se desenrola, como um menino que cresce sob o olhar cheio de ternura Paternal/Maternal, umas vezes encantado e apaixonado, outras vezes paciente e compassivo...
E, como quem mastiga isto tudo, fica o meu silêncio cheio de sabores diferentes que gostava de saber partilhar bem… Mastigando tudo isto, como quem saboreia o melhor, percebo que não posso encerrar a minha Vida em mim próprio, no meu tempo e no meu espaço.
Percebo que não estão em mim os limites de mim mesmo… pertenço a um Projecto de Vida que ultrapassa infinitamente os meus limites individuais. E, por pertencer-lhe, esse Projecto de Vida também me pertence a mim, ou seja, eu mesmo sou do seu tamanho, infinitamente para além dos meus limites, maior do que penso e do que vejo tantas vezes em mim…
Até fisicamente é verdadeiro isto! Onde começo e termino eu? Na superfície epidérmica do meu corpo? Que ilusão… Os átomos que me compõem têm milhões de anos e já estiveram na composição de milhões de organismos diferentes, e até a superfície mais exterior do meu corpo está em interacção com um universo quase infinito de moléculas que me circundam e vitalizam neste Cosmos a que pertenço! E o ar que respiro continuamente… e a água que me compõe… sou Um com o universo inteiro! Até ao nível físico me parece hoje evidente que não sou tão pequeno quanto me vejo, que não estão tão aquém quanto parece onde começo e onde acabo… Viver é Pertencer! E isto é imenso…
Ao nível pessoal/espiritual não é apenas imenso, mas é Eterno. Isto ensina-me que não posso fechar a minha Vida nas fronteiras do que sou agora, sinto agora, faço agora, sofro agora, espero agora…
Não posso cair na tentação de julgar que não tenho mais salvação, que a minha Vida esteja alguma vez irremediavelmente estragada ou perdida, bem como a daqueles a quem ainda estou disposto e capaz de dar-me amorosamente. Jesus não me permite acreditar numa coisa destas, no fim de mim mesmo! Ele é o que diz aos sepultados: “Levanta-te e caminha!” e eles levantam-se mesmo!
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